Com a apresentação do primeiro livro publicado pelo programa, representantes do projeto explicaram a importância da pesquisa por agentes acadêmicos para a política cultural do estado
Na manhã desta sexta-feira, 11 de abril, aconteceu a roda de conversa “O Programa Cientista-Chefe da Cultura do Estado do Ceará em letras e livros” com Ivânio Azevedo, professor da Universidade Federal do Ceará, Alexandre Barbalho, professor da Universidade Estadual do Ceará, e Ernesto Gadelha, coordenador da Coordenadoria de Formação, Livro e Leitura da Secult Ceará. O evento fez parte do espaço voltado para a Universidade Federal do Ceará, na XV Bienal Internacional do Livro.
O momento tinha como objetivo apresentar o programa Cientista-Chefe da Cultura, que utiliza o saber acadêmico para encontrar resoluções de problemas de políticas públicas no campo das artes e cultura, assim como difundir esse conhecimento. A pesquisa do órgão é voltada para atender a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), apresentando soluções que podem ser aplicadas nos equipamentos culturais e aperfeiçoar o serviço oferecido.
O projeto também está ligado ao selo editorial Arte, Cultura e Conhecimento — um selo da Secult em parceria com a Editora da Universidade Estadual do Ceará (EdUece). “Nesta mesa, iremos apresentar um pouco do que foi produzido em termos de conhecimento a partir das pesquisas realizadas pelas equipes do CCCult, como isso foi publicado e pensar no selo como um vetor de difusão desse conhecimento”, elucida Ernesto Gadelha.
Além do trabalho realizado no programa, foram apresentados o primeiro livro publicado do Cientista-Chefe da Cultura, intitulado “Cultura, Inovação e Inclusão Social — Estudos de políticas culturais no Ceará”, e uma pesquisa realizada com os egressos das formações oferecidas pela Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Brancos, publicado em ebook. Os trabalhos são desenvolvidos por pesquisadores ligados a instituições de ensino superior, como a UFC e a Uece.
“O estudo busca identificar quais as reverberações, o impacto que aquelas formações tiveram na vida daquelas pessoas. Mais ou menos 180 pessoas responderam a pesquisa e foi muito interessante identificar como aquilo chegou para elas, como impactou a vida delas e que tipo de efeito subjetivo teve nelas. Foi muito positiva a impressão que tivemos do que aquilo despertou”, explica o coordenador da CCFOL, que também é voluntário no programa.
A ideia é incorporar outros elementos nos estudos realizados pelo projeto, apresentando dados que vão além do quantitativo, mas que também exploram o qualitativo. Ernesto acredita que a implementação do Cientista-Chefe da Cultura “é um ponto de inflexão” no campo das políticas públicas.
“Porque existe uma lacuna, digamos, histórica no campo das artes e da cultura, que é a dificuldade de produção de dados que podem subsidiar a tomada de decisão no âmbito das políticas públicas. O CCCult é um projeto que se torna um super aliado no sentido da promoção da pesquisa e também da prospecção de dados para que, a partir deles, termos subsídios para realizar análises, avaliações e tomar melhores decisões”, arremata.
XV Bienal Internacional do Livro do Ceará
A Bienal Internacional do Livro do Ceará é uma realização do Ministério da Cultura (MinC) e do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), via Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O evento conta com o patrocínio do Banco do Nordeste, Rede Itaú, Cagece e Cegás.
Serviço:
Bienal Internacional do Livro do Ceará
Quando: 4 a 13 de abril, das 9h às 22h
Onde: Centro de Eventos do Ceará – Avenida Washington Soares
Gratuito e aberto ao público
Programação no s–ite: https://bienaldolivro.cultura.ce.gov.br